quinta-feira, 8 de março de 2007

História de Arte – 11º ano
OBJECTIVOS

O renascimento

Localizar no tempo e no espaço o renascimento;
Definir renascimento;
Identificar os aspectos mais significativos que se alteraram no renascimento, na área cultural, artística, cientifica, religiosa….
Identificar as personalidades mais significativas desta altura no campo da pintura, escultura, arquitectura, cultura, ciência, etc
Caracterizar a arquitectura renascentista;
Identificar os factores que explicam a evolução arquitectónica
Caracterizar a escultura renascentista;
Identificar os factores que explicam as mudanças ao nível da escultura renascentista
Caracterizar a pintura renascentista
Identificar os factores que explicam as mudanças ao nível da pintura renascentista;

Vocabulário a saber: cúpula; individualismo, antropocentrismo, reforma, contra-reforma, experiencialismo, classicismo, humanismo, mecenato, sfumato, perspectiva, racionalismo;

segunda-feira, 5 de março de 2007

o modernismo em portugal

Tendências culturais: entre o Naturalismo e as vanguardas

Nos inícios do século XX, em Portugal, a produção literária e plástica era ainda profundamente marcada pelo classicismo racionalista e naturalista, em manifestações apáticas e decadentes, que evidenciavam forte resistência à inovação. Ao monótono e decadente rotativismo político correspondia uma não menos monótona e decadente produção intelectual. Os interesses materiais dos burgueses sobrepunham-se aos interesses culturais, condicionando a liberdade de expressão.
Todavia, sobretudo após a implantação da República, as novas propostas estéticas e literárias que triunfavam na Europa começaram a estender-se ao Ocidente Ibérico com o aparecimento dos primeiros movimentos de vanguarda. Grupos de intelectuais portugueses organizam-se em círculos de contestação da velha ordem e iniciam-se no recurso a estratégias provocatórias e na resposta, por vezes desabrida, às formas políticas e culturais conservadoras e reaccionárias à modernidade:
É o Modernismo, enquanto movimento estético e literário de ruptura com o marasmo intelectual, que irrompe em Portugal.
Foram lançadas revistas, organizadas exposições e conferências, sob iniciativa privada, num esforço de autonomia relativamente aos apoios estatais, através das quais as novas opções culturais eram demonstradas e divulgadas.
Todavia, o baixo nível de alfabetização da população portuguesa e o conservadorismo dos meios urbanos, onde as novidades intelectuais tinham maior presença, não proporcionaram abundância de público culturalmente interessado nos novos eventos culturais, apesar do esforço em prol do desenvolvimento empreendido pelos governos republicanos, com a promoção do ensino e da informação.

O Modernismo na literatura

O Modernismo na literatura foi praticado por duas gerações de intelectuais, ligados a duas publicações literárias: um primeiro modernismo surgido em 1915, em torno da revista Orpheu; um segundo modernismo organizado em 1927, em torno da revista Presença.


a revista Orpheu

Os únicos dois números desta revista, lançados em Março e Junho de 1915, marcaram a introdução do Modernismo em Portugal.
Tratava-se de uma revista onde Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros e Fernando Pessoa, entre outros intelectuais, subordinados às novas formas e aos novos temas, publicaram os seus primeiros poemas de contestação da velha ordem literária.
O primeiro número provocou o escândalo e a troça dos críticos, conforme era desejo dos autores. Os jornais apelidaram-nos de mistificadores da realidade e intelectuais alienados. O segundo número, que já incluiu também pinturas futuristas de Santa-Rita Pintor, suscitou as mesmas reacções.
Apesar de Fernando Pessoa ainda mostrar vontade de publicar mais dois números, perante o insucesso financeiro, a revista teve de "fechar portas".
Todavia, não se desfez o movimento organizado em torno da publicação. Pelo contrário, reforçou-se com a adesão de novos criadores e desenvolveu intensa actividade na denúncia inconformista da crise de consciência intelectual disfarçada pela mediocridade académica e provinciana da produção literária instalada na cultura portuguesa desde o fim da Geração de 70, de que Júlio Dantas constituía um bom exemplo.

O Modernismo nas artes plásticas

O Modernismo na pintura

Os pintores modernistas também estavam ligados ao movimento Orpheu de Fernando Pessoa. Tentaram lançar a sua revista Portugal Futurista, sob direcção de Almada Negreiros, porém, com a apreensão do primeiro número, o escândalo provocado nos círculos intelectuais conservadores foi tal que não voltou a sair.
A pintura modernista desenvolveu-se em Portugal, a partir de 1911, por acção de Dordio Gomes e Santa-Rita Pintor e, sobretudo, após o regresso de um grupo de artistas portugueses emigrantes aquando o começo da Guerra Mundial - Diogo de Macedo, Francisco Franco, Eduardo Viana e Amadeo de Souza -Cardoso.
Não se pode falar de escolas artísticas claramente definidas, em Portugal. Eram artistas que cultivavam os vários estilos, desde que pusessem em causa o conservadorismo dos temas e das técnicas da pintura clássica, à semelhança do que ocorria na Europa. E foi grande a polémica e escândalo suscitados pelas primeiras exposições modernistas.
Perante a ausência de público, os criadores plásticos modernistas regressam a Paris, após o fim da guerra, acompanhados por Almada Negreiros e João Abel Manta, que se destacam numa segunda geração de pintores modernistas. Almada Negreiros, na pintura dos frescos da gare de Alcântara, denota um claro vanguardismo estético, no geometrismo das formas, na intensidade das cores e na força comunicativa dos temas.
Já na década de 30, também radicada em Paris, destaca-se Maria Helena Vieira da Silva como um dos maiores vultos europeus da pintura abstraccionista.


O Modernismo na arquitectura

A arquitectura não se desenvolveu grandemente no período que estamos a tratar. As dificuldades políticas vividas durante a 1ª República a que se juntavam as dificuldades económicas e financeiras não propiciaram os empreendimentos arquitectónicos, normalmente dispendiosos. O pouco que se construiu permaneceu fechado à inovação e revela a persistência dos esquemas arquitectónicos clássicos.
Só no final dos anos 20 e sobretudo durante o Estado Novo é que se notam algumas preocupações em conjugar algumas formas do Modernismo europeu com o nacionalismo salazarista. O pavilhão da Exposição do Mundo Português, de Cottinelli Telmo, entretanto demolido, e a Igreja de Nossa Senhora de Fátima em Lisboa, de Pardal Monteiro, com vitrais de Almada Negreiros e um friso na entrada de Francisco Franco, constituem as manifestações mais importantes do Modernismo arquitectónico português.


O Modernismo na escultura

Paralelamente à arquitectura, a escultura também não atingiu desenvolvimentos importantes nos inícios do século. Só durante o Estado Novo se desenvolveu uma escultura de feição nacionalista pouco aberta à modernidade. Francisco Franco, Canto da Maia, Leopoldo de Almeida, Lagoa Henriques e Gustavo Bastos foram alguns dos mais importantes escultores da primeira metade do século.

o dadaísmo

• Contexto intelectual

O Movimento Dada teve a sua origem em Zurique, Suíça, a partir de 1916, com a reunião de intelectuais de diversas áreas culturais, refugiados dos horrores da guerra e desencantados com a destruição da civilização ocidental.

• Mensagem

De forma irreverente, crítica e provocatória, os dadaístas, assumidamente niilistas, negavam a realidade substancial, a verdade, as normas morais e cívicas e toda a autoridade política. O próprio nome que adoptaram não tem qualquer significado. Foi escolhido ao acaso como é expresso no seu manifesto publicado em 1918: "Dada não significa nada... é uma insígnia de abstracção".
O objectivo fundamental dos dadaístas era negar todos os conceitos de arte e de técnicas artísticas, vulgarizar a criação artística, fazer dessacralização dos objectos e das técnicas artísticos.
Para estes intelectuais, a arte era a anti-arte. Por isso, optaram pela subversão dos valores através de práticas propositadamente provocatórias que passavam pela obscenidade, pelo insulto e pela agressão.
O grande objectivo do Movimento Dada era chocar pelo absurdo, pela ironia e pelo sarcasmo e, como consequência, suscitar reacções negativas em quem ouvia os seus discursos, lia os seus textos ou analisava as suas obras plásticas.

• Estrutura formal

O Dadaísmo afirmou-se através de manifestações tão espontâneas, libertinas e anárquicas como espectaculares, fortemente marcadas pela desordem e pelo barulho. Os seus manifestos não obedeciam a qualquer regra formal ou gramatical, denunciando influências futuristas. Na leitura, apresentavam textos sem qualquer nexo, normalmente constituídos por excertos tirados de várias obras, em diversas línguas. Na escrita, misturavam vários tipos de letra e várias cores, com o objectivo de atrair a atenção, usavam uma linguagem agressiva, irónica, propositadamente ambígua e enigmática, para o que recorriam à subversão do sentido das palavras e das ideias.
Na pintura, reproduziram obras clássicas intencionalmente subvertidas e inventaram os ready-made, prática que consistia na elevação de um objecto comum à categoria de obra de arte, desmistificando por completo a produção artística. Um exemplo famoso foi a transformação de um urinol em chafariz por Duchamp, numa clara manifestação de anti-arte.

• Principais praticantes

Marcel Duchamp, Picabia, Breton, Apolinnaire e Hans Arp foram os pintores dadaístas mais marcantes, mas o movimento teve outros praticantes em França, como Max Ernst, que evoluiu para um Surrealismo mais típico, na Alemanha com Gross, e em Nova lorque com Man Ray.

domingo, 4 de março de 2007

objectivos para o teste - 12º ano - teste de março

 Situar no tempo e no espaço o aparecimento do abstraccionismo;
 Identificar as duas vertentes que seguiu o abstraccionismo;
 Referir correntes pertencentes a cada uma dessas vertentes;
 Identificar os autores de cada uma dessas correntes;
 Distinguir os quadros de cada uma dessas correntes justificando com as características de cada uma;
 Situar no tempo e no espaço o aparecimento do dadaísmo;
 Justificar a designação “dadaísmo”;
 Identificar alguns autores dadaístas;
 Situar o aparecimento do dadaísmo com o contexto do começo da I guerra Mundial;
 Identificar o dadaísmo como uma forma de contestação contra as normas e a sociedade;
 Caracterizar a arte dadaísta;
 Identificar os principais contributos do dadaísmo para o futuro;
 Justificar o aparecimento do modernismo em Portugal;
 Identificar as personalidades que conduziram à introdução do modernismo em Portugal;
 Nomear alguns dos pintores modernistas portugueses mais importantes;
 Identificar nos quadros modernistas portuguesas as tendências das vanguardas europeias: cubismo, futurismo, dadaísmo, cubo-futurismo, abstraccionismo; etc…

domingo, 28 de janeiro de 2007

objectivos para o teste -11 ano

 caracterizar a pintura gótica portuguesa: alguns pintores, algumas obras
 caracterizar a escultura gótica portuguesa;
 identificar o manuelino com o nosso gótico flamejante ou gótico final;
 justificar a denominação “manuelino”
 situar no tempo a sua “vigência”;
 caracterizar a arquitectura manuelina indicando a sua ligação aos descobrimentos e identificando algumas obras arquitectónicas;
 identificar monumentos manuelinos existentes em Portugal;
 indicar as características da pintura e escultura manuelinas;

domingo, 21 de janeiro de 2007

objectivos para o teste - 12º ano - capítulo 3

OBJECTIVOS

ü Traçar um quadro histórico geral das primeiras duas décadas do séc. XX;
ü Identificar o modernismo como o movimento cultural dos inícios do séc. XX;
ü Situar o conceito de vanguardas artísticas no modernismo;
ü Definir vanguardas;
ü Identificar as vanguardas com novas linguagens pictóricas que levaram a cabo uma destruição da linguagem tradicional;
ü Nomear as primeiras vanguardas das primeiras décadas do séc. XX: fauvismo, expressionismo; cubismo, futurismo, abstraccionismo, construtivismo;
ü Situar no tempo e no espaço o aparecimento do fauvismo e os seus principais representantes;
ü Identificar as influências artísticas de que foi alvo o fauvismo;
ü Identificar as principais características dos quadros fauvistas;
ü Indicar os aspectos em que o fauvismo estabelece uma ruptura com a pintura tradicional/Referir os principais contributos desta vanguarda para o futuro;
ü Situar no tempo e no espaço o aparecimento do expressionismo e os seus principais representantes;
ü Identificar as influências artísticas de que foi alvo o expressionismo;
ü Identificar as principais características dos quadros expressionistas;
ü Indicar os aspectos em que o expressionismo estabelece uma ruptura com a pintura tradicional/Referir os principais contributos desta vanguarda para o futuro;
ü Situar no tempo e no espaço o aparecimento do cubismo e os seus principais representantes;
ü Identificar as influências artísticas de que foi alvo o cubismo;
ü Destacar as características gerais dos quadros cubistas;
ü Indicar as três fases do cubismo situando-as no tempo;
ü indicar as características principais dos quadros de cada uma dessas fases;
ü Indicar os aspectos em que o expressionismo estabelece uma ruptura com a pintura tradicional/Referir os principais contributos desta vanguarda para o futuro;
ü Situar no tempo e no espaço o aparecimento do futurismo e os seus principais representantes;
ü Identificar as influências artísticas de que foi alvo o futurismo;
ü Destacar as características gerais dos quadros futuristas;
ü Indicar os aspectos em que o futurismo estabelece uma ruptura com a pintura tradicional/Referir os principais contributos desta vanguarda para o futuro;

o Futurismo

O Futurismo

• Contexto intelectual

Trata-se de um movimento artístico de vanguarda que surgiu em 1909 no seguimento da publicação em Paris, do I Manifesto Futurista, pelo escritor Fillipo Marinetti. Desenvolveu-se depois na Itália, a partir de Milão, com a adesão de novos artistas que foram assinando os muitos manifestos publicados por Marinetti Este movimento foi consideravelmente mais abrangente do que os anteriores pois estendeu-se a todas as produções intelectuais, desde a literatura à música, à fotografia, ao teatro, à arquitectura.

• Mensagem

Os futuristas desenvolveram uma batalha contra as formas culturais tradicionais de inspiração burguesa. Repudiaram de forma absoluta os valores do passado e reivindicaram exclusivamente o culto do futuro. Propuseram mesmo a destruição de tudo o que era clássico e tradicional, como museus, academias, escolas de onde transparecesse a mais elementar manifestação de servilismo a normas. Em contrapartida, cultivaram temáticas dominadas pelos elementos novos do mundo moderno - a cidade, as luzes eléctricas, as máquinas, as locomotivas, os aviões... a beleza da velocidade, a dinâmica do movimento.
Na recusa da ordem estabelecida, os futuristas italianos repudiam a inteligência e exaltam a intuição, cultivam a audácia e a provocação, chegam mesmo a elogiar a agressividade e a violência da guerra, o militarismo, o patriotismo, assumem posições nacionalistas, acabando por ser considerados precursores da ideologia fascista.

• Estrutura formal

O Futurismo expressou-se na oratória eloquente e empolgante, na música produzida por instrumentos originais que incluíam ruídos de motores em movimento, na produção literária onde defendiam a total liberdade que passava pelo desrespeito das regras de sintaxe, morfologia e ortografia.
Na produção plástica, apesar de surgirem como reacção ao Cubismo, baseiam-se na sua técnica. Para exprimirem a sensação de dinamismo, recorrem à fragmentação dos objectos em vários planos e repetem a sobreposição desses planos. Utilizando cores vivas, produzem imagens complexas de onde sobressaem raios que se interceptam perpendicular ou obliquamente, evocando turbilhões de ar provocados pela velocidade das máquinas.

• Principais praticantes

Boccioni, Carrá, Russollo, Severini e Balla

o Cubismo e a libertação pelas formas

· Contexto intelectual

O movimento cubista é contemporâneo das correntes expressionistas, onde também começa por se inserir com novas propostas formais. Surge também em Paris, quando Picasso conclui o quadro As Meninas de Avinhão, em 1907, e confirma-se em 1908, no Salão de Outono, no decurso da exposição organizada por Georges Braque. Desta vez, aos críticos, entre os quais se destacou Matisse, ressaltaram os "pequenos cubos" que compunham as produções pictóricas de Braque.
Os pintores cubistas foram profundamente marcados pelo geometrismo de Cézanne, mas não ficaram indiferentes à influência da arte africana que, nesta altura, fazia moda nos círculos artísticos da Europa.

· Mensagem

Combinando os diferentes planos em que o objecto pode ser observado, os pintores cubistas conseguem desmantelar por completo a perspectiva, a regra máxima da representação clássica, e propor uma visão intelectualista do espaço. Consideram os cubistas que a perspectiva clássica só permite uma visão parcelar da realidade representada. Ora, para os cubistas, além da realidade imediatamente visível existe outra realidade que só pode ser vista em diferentes momentos e quando observada nos seus diversos ângulos de visão.

· Estrutura formal


Fases do cubismo:
- Fase do Cubismo Cézzaniano


- Fase do Cubismo Analítico

Nesta fase da criação cubista, os artistas procederam à minuciosa decomposição dos motivos em planos segundo os vários ângulos de visão, reduzindo-os a uma articulação dinâmica de pequenos sólidos geométricos (cones, cilindros, cubos e outros poliedros) considerados as formas primárias constituintes dos objectos.
Para conseguirem um geometrismo mais perfeito das formas, procederam à eliminação de todos os elementos acessórios e deram menor importância à cor que limitam ao azul, cinzento e castanho.
Nesta fase, as pinturas cubistas evidenciam uma total separação entre a representação figurativa dos objectos e a sua realidade natural, isto é, os quadros cubistas constituem unidades autónomas sem qualquer ligação com a Natureza. As estruturas são predeterminadas e os objectos figurados são pura criação subjectiva, o que nos leva a considerar o cubismo um movimento precursor do abstraccionismo.

- Fase do Cubismo Sintético

Nesta segunda fase, denominada de Cubismo Sintético, como que reconhecendo a excessiva abstracção que estavam a incorrer, os pintores cubistas iniciam-se num processo de recriação da realidade representada através da síntese mais coerente e mais lógica dos elementos fundamentais antes analisados.
Nesta nova fase, regressa a cor à qual se juntam outros materiais, como fragmentos de papel, cartão vidro, areia, tecidos, cordas, palhas e outros que, colados na tela, acentuavam a essência e a verdade pretendidas pelos criadores cubistas.
O Expressionismo figurativo está também presente nesta fase do cubismo. Uma das obras mais notáveis de Picasso é o quadro Guernica, nome de uma cidade basca violentamente bombardeada pelos alemães, durante a guerra civil.


Nesta obra, o autor consegue representar os horrores da guerra através da expressão de sentimentos de sofrimento e de revolta que dominam os elementos constituintes da tela.

· Principais praticantes

Além de Picasso e de Braque, executaram obras cubistas outros pintores como Fernand Léger, Délaunay, Picabla e Duchamp.

a vanguarda cubista

Georges Braque, - fase do cubismo cézzaniano

o expressionismo alemão e a libertação da arte pelas formas


· Contexto intelectual
Este movimento artístico desenvolveu-se em algumas cidades alemãs, a partir de 1905, com o grupo de pintores autodenominado Oie Brücke (A Ponte). Tratava-se de jovens pintores libertários, fortemente críticos do conservadorismo e da moral burgueses de que pretendiam afastar-se, preferindo afirmar-se como ponte de união de todos os elementos agitadores e revolucionários.
Os pintores expressionistas deixam transparecer fortes influências do cromatismo de Van Gogh e de Munch, além de muitos outros artistas de inspiração impressionista, corrente de onde são originários.
A simplicidade e o primitivismo de algumas das suas produções revelam também influências da arte africana
O movimento Oie Brücke dissolveu-se em 1913, mas outros grupos continuaram a praticar a pintura expressionista até 1933, altura em que praticamente desapareceu dos cenários artísticos com a tomada do poder pelos nazis.

· Mensagem

Foram apelidados de expressionistas porque, nas suas produções artísticas, repudiaram a materialização de impressões objectivas e afirmaram a pintura como expressão instintiva e individual de sentimentos, energias e tensões inerentes à vida humana e à aventura da existência, normalmente geradas na angústia e nos dramas interiores vividos pelo Homem.
Com este tipo de produções, visaram denunciar o mal-estar vivido nas primeiras décadas do século, sobretudo nas classes operárias oprimidas e exploradas, provocado pelo ambiente de tensão política pelos desajustes sociais e pela crescente massificação e consequente desumanização das cidades e do trabalho.
Nas pinturas expressionistas alemãs, predominam cenas de rua e retratos onde sobressaem a angústia, os desesperos, os dramas e a miséria social que marcavam o ser humano.

· Estrutura formal

Para traduzir aqueles sentimentos, os pintores expressionistas produziram composições simples, e, certo modo, evidenciando algum primitivismo e ingenuidade. Mais do que a temática, o que sobressai na pintura expressionista é a deformação intencional das imagens visuais através do recurso à pincelada larga e a uma vasta gama cromática marcada pela violência de cores fortemente intensas, contrastantes livremente aplicadas.

· Principais praticantes

Os mais típicos cultores do Expressionismo alemão foram os fundadores do grupo Die Brucke: kirchner, Heckel, e Schmidt-Rottluf
Com a extinção deste grupo em 1913, outros surgiram, como o Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul) criado em Munique por Vassily Kandinsky e Franz Marc, que adoptaram um desenho menos pesado e mais, intelectualizado que irá cair no Abstraccionismo.
Foram ainda praticantes do Expressionismo August Macke, Paul Klee, Otto Dix, Emil Nold, Max Pechstein e Klimt.

o Fauvismo francês e a libertação pela cor



· Contexto

De formação anterior ao movimento alemão, afirma-se também em 1905, altura em que um grupo de pintores franceses organiza, em Paris, no Salão de Outono, uma exposição das suas obras. Expondo quadros de Henri Matisse, André Derain, Maurice Vlaminck, Georges Rouault, esta mostra constituiu um escandalo à época, bem maior que o protagonizado pelos impressionistas no século anterior.

Nesta cidade, a novidade artística proposta pelo vanguardismo dos autores expostos provocou fortes reacções dos críticos apreciadores da pintura tradicional, escandalizados com as temáticas expostas e suas formas. Pejorativamente, apelidaram os organizadores da exposição de fauves (feras) e fauves passaram a ser também as suas produções quando comparadas com as obras inspiradas no racionalismo clássico.
Em resposta, num acto de clara provocação, os organizadores da exposição adoptaram esta denominação para o seu movimento.

· Mensagem

Apesar de formalmente se aproximar da pintura expressionista, a pintura fauvista é menos intervencionista. Os seus praticantes recusaram tratar questões de índole psicológica ou social e, por isso, alhearam-se das preocupações com a expressão dos sentimentos e crítica social que marcou o movimento alemão.
Como movimento de vanguarda, os fauvistas repudiaram o convencionalismo académico da pintura tradicional patente no traçado rigoroso da perspectiva e pormenorização das formas. Em contrapartida, afirmam a autonomia da obra de arte relativamente à realidade que motivava as produções clássicas, confinando a expressividade das suas produções à cor.

· Características:

O Fauvismo é a exaltação da cor. É através da cor que as formas fauves encontram expressão. Para o conseguirem, tal como os expressionistas, os fauvistas recorrem a cores fortes que aplicam no estado puro, a tonalidades fortemente contrastantes aplicadas de forma arbitrária, ora recorrendo à pincelada curta ao gosto dos pontilhistas, ora à pincelada larga de que resultavam grandes manchas cromáticas de tons intensos e pastosos, onde a modelação das formas era descurada. com o fauvismo, o colorido autonomiza-se do real, não tendo as cores que concordar com o objecto representado.

· Autores

O movimento fauvista foi de curta duração. Não teve, por isso, grandes repercussões enquanto escola artística. Os grandes pintores fauvistas saíram do Salão de Paris. Henri Matisse, André Derain, Georges Rouault, Maurice Vlaminck são os maiores representantes.